Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – Os professores da rede estadual do Amazonas, que estão em greve desde a semana passada, decidiram nesta segunda-feira, 22, rejeitar a contraproposta do Governo do Estado de 8% de reajuste salarial e suspensão do movimento. Os trabalhadores realizaram assembleia na manhã de hoje, em diversas cidades que participam da mobilização.
Em Itacoatiara, no interior do Amazonas, a assembleia aconteceu no Clube Recreativo dos Professores de Itacoatiara (Crepi), na avenida Mário Andreaza, bairro São Cristóvão, onde os profissionais recusaram a contraposta, de maneira unânime. Ao portal O Login da Notícia, a organização do movimento na cidade disse que a categoria vai em busca apoio dos parlamentares do município.
“Temos uma carreata programada para esta tarde de segunda-feira, em Itacoatiara. E como hoje tem sessão na nossa Câmara dos Vereadores, vamos lá pedir o apoio deles”, declarou a professora Silvia Letícia, em entrevista à reportagem.
Direitos
A continuidade da greve foi uma decisão de todas as cidades onde há professores que participam da mobilização. Em Manaus, a decisão ocorreu nesta segunda-feira, 22, em assembleia do Sinteam, que reuniu aproximadamente 5 mil pessoas no Clube Municipal,no bairro Flores, zona Norte da cidade.
“O sindicato vai formalizar a decisão da reunião e encaminhar ao Governo do Estado para que nova rodada de negociação seja marcada. Cinquenta e um município já aderiram ao movimento paredista. Na capital, pelo menos 70% das escolas estaduais estão sem aulas”, comunicou o Sinteam.
Os professores reivindicam 25% de reajuste salarial, pagamento das data-bases de 2022 e 2023, cumprimento das progressões horizontais e verticais, reajuste do vale-alimentação e auxílio-localidade, entre outros direitos da categoria.
A greve foi instalada no dia 17 de maio após inúmeras tentativas de diálogo com o Governo do Estado. Segundo a categoria, a data-base da categoria é todo dia 1° de março e é prevista em lei.
Governo
O Portal O Login da Notícia entrou em contato com o Governo do Amazonas, por meio da assessoria de comunicação, solicitando uma nota sobre a recusa dos professores. A reportagem também questionou se o Estado deve apresentar nova contraproposta e quais os próximos passos com a categoria. Até a publicação desta matéria, sem retorno.