Projeto apresenta alternativas de plantio aos agricultores na RDS do Juma, no AM

Projeto iniciado em 2022 gerou cerca de 7 toneladas de mandioca bruta (Divulgação)

Da Redação – Portal O Login da Notícia

NOVO ARIPUANÃ (AM) – Por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma concluiu o projeto Roça Sem Queima nesta semana, no município de Novo Aripuanã (a 229 quilômetros de Manaus).

O projeto iniciou em 2022, com aporte financeiro inicial do Banco Alemão de Desenvolvimento KFW, e continuidade através de recursos do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Seu objetivo é apresentar aos agricultores alternativas de plantio que favoreçam a conservação do solo, mantendo a produtividade da área a longo prazo.

O trabalho foi implementado em uma área de dois hectares, sendo instalados quatro sistemas: dois roçados com fogo e dois sem fogo, em uma área de modelo de Sistema Agroflorestal (SAF). As famílias escolhidas para participar do projeto receberam oficinas sobre produção de mudas e preparação da área, além de materiais para apoio na administração da unidade demonstrativa do roçado.

Como resultado total das linhas de roça, foram colhidas cerca de sete toneladas de mandioca bruta, o que gerou 647 litros de farinha de mandioca e 200 litros de goma de tapioca. Além da mandioca, foi implementado o cultivo misto entre plantas de curto, médio e longo ciclo, como macaxeira, cacau, abacaxi, cupuaçu, tangerina e abacate.

“A ideia do projeto, além de ensinar as boas práticas de agricultura, é fazer com que a comunidade use da melhor forma aquilo que eles têm hoje. Agora, a comunidade vai decidir como eles vão fazer a divisão do recurso vindo da venda desses produtos, se será para uma benfeitoria da própria comunidade, ou para dividir entre eles”, explicou a gestora da RDS, Khimberlly Sena.

Ao longo do tempo, a perspectiva é que o solo continue com uma produção contínua e perene, ao contrário do roçado com uso do fogo, que diminui o tempo útil do solo. Segundo a gestora, o maior benefício não é, em si, a quantidade da produção no primeiro roçado, mas os benefícios a longo prazo para a comunidade.

“As raízes da mandioca nas duas linhas do roçado sem queima deram mais números do que no com queima. Nós separamos uma parte do cultivo, e eu vou levar para especialistas experimentarem, para ver as diferenças, especialmente na questão do sabor e da qualidade da farinha. Mas pensando nos aspectos ambientais, com certeza tivemos vantagem,” completou.

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