Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – A violência política de gênero foi um dos temas debatidos na última quinta-feira, 19, na abertura da III Edição do Fórum Estadual das Casas Legislativas (Feclam) 2023, sediada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), em Manaus. Deputados, vereadores e autoridades políticas do Estado, que estiveram presentes, discutiram sobre espaços seguros e inclusivos para mulheres.
A vereadora da Câmara Municipal de Itacoatiara (CMI), Andréa Mara (PSD), destacou a importância da pauta que, para a parlamentar, é essencial para promover a igualdade de gênero e garantir que todas as pessoas possam participar plenamente da vida política, “sem serem submetidas a situações de violência, discriminação ou assédio em função do seu gênero”.
“É importante que sejam criados espaços seguros e inclusivos para as mulheres e outras pessoas marginalizadas participarem do processo político, bem como que sejam adotadas medidas para prevenir e punir a violência política de gênero”, afirmou Andréa Mara.
“Além disso, o debate sobre esse tema contribui para a conscientização da sociedade sobre a importância da igualdade de gênero e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, continuou a parlamentar de Itacoatiara.
Na luta
A mesa redonda que promoveu o debate sobre o tema teve como palestrantes as deputadas estaduais Alessandra Campelo (PSC), Débora Menezes (PL) e Joana Darc (PL), que fazem parte da bancada feminina na Casa Legislativa do Amazonas.
De acordo com Alessandra Campelo, a violência política de gênero é um crime previsto na legislação brasileira. Segundo ela, a prática acontece, na maioria dos casos, em formas de ameaças, intimidação psicológica, humilhações e ofensas.
“É muito importante estabelecer a relação entre a violência de gênero e a violência política de gênero. Nos dois casos, o papel social e historicamente imposto às mulheres é utilizado como forma de ataque ou intimidação”, frisou a deputada.
A parlamentar continuou: “Meu mandato é contra todas as formas de violência e opressão contra as mulheres e estamos vigilantes na garantia dos nossos direitos”.
Já Débora Menezes (PL) pontuou que discutir e trocar ideias sobre a violência política de gênero potencializou ainda mais a luta em busca de igualdade e justiça para as mulheres que atuam na política. No evento, a deputada lembrou de um caso vivenciado por ela.
“Eu estive em uma viagem à Brasília, para um evento político do meu partido, quando eu conheci a violência política de gênero. Eu me ausentei de Manaus para ir a esse evento e faltei a uma sessão [na Aleam]. E porque eu faltei a essa sessão, eu fui extremamente atacada nas minhas redes sociais, algo que corriqueiramente acontece”, lembrou.