Em meio à seca histórica, lixo toma conta de orla nas margens do Rio Amazonas, em Itacoatiara

Garrafas, sacolas, sandálias e até vidros são descartados irregularmente no local (Paulo Ricardo/O Login da Notícia)

Bruno Pacheco – Portal O Login da Notícia

ITACOATIARA (AM) – Em meio à seca histórica do Rio Amazonas, em Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), o lixo toma conta de trechos da orla do município, no Centro da cidade. Imagens obtidas e também registradas pelo Login da Notícia mostram garrafas, sacolas, sandálias e até vidros descartados irregularmente no local, que é um dos pontos turísticos do município.

O lixo foi encontrado em diversos pontos. Segundo moradores da região, os entulhos surgem sempre que o rio seca, sendo que parte dos materiais encontrados no porto são despejado pelas próprias pessoas que costumam frequentar a região. Por conta da situação, o vereador Arnoud Lucas está promovendo um mutirão de limpeza na orla, que acontece neste sábado, 21, a partir de 8h.

“Mesmo após apresentação e aprovação de uma indicação de minha autoria na CMI, a prefeitura ainda não efetuou a limpeza da nossa orla. Por essa razão, combinado, vamos meter a mão da massa, mas para isso preciso do apoio do maior número de voluntários possíveis”, declarou o vereador, nas redes sociais.

Seca

Conhecido como o mais extenso e o que tem mais volume de água doce do mundo, o Rio Amazonas atingiu nesta quinta-feira, 19, a maior seca da história em Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus. Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, o índice alcançou o nível de 90 centímetros na manhã de hoje. A marca supera a pior vazante anterior, de 2010, quando a cota da água chegou a 91 centímetros.

Em uma semana, o rio desceu 54 centímetros. No último dia 12, a cota da água registrava 1,44 metros. A medição é feita pelo CPRM em Itacoatiara desde 1998. O órgão registra os números por meio de um sensor, instalado no antigo porto da cidade, e de forma presencial, em uma régua que toca na água e onde técnicos da Defesa Civil municipal de Itacoatiara confirmam os dados.

A vazante extrema, somente na zona ribeirinha de Itacoatiara, já afeta cerca de 70 comunidades, onde pelo menos 20 estão isoladas. A estiagem, a pior em 25 anos, deixa ainda o município em situação de emergência, segundo a Defesa Civil estadual, com a água descendo a cada instante.

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