IBGE: AM ocupa quinta maior posição do país em pobreza não monetária

Da Redação – Portal O Login da Notícia

Com índice de 4,9, o Amazonas é o quinto, entre as Unidades da Federação, na perda de qualidade de vida conforme o Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetária (IPM- NM). Em primeiro lugar, na mesma análise e período, apareceu o Maranhão ,com 7,7, seguido pelos Estados do Pará (6,5), Acre (6,4) e Amapá (4,9).

O IBGE divulga pela primeira vez, como estatística experimental, a Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil, com Base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Esse trabalho acompanha a evolução da pobreza e da vulnerabilidade no país, a partir de uma abordagem multidimensional e não monetária, baseada nas duas últimas edições da POF (2008-2009 e 2017-2018).

Três índices são apresentados: Índice de Pobreza Multidimensional não Monetário (IPM-NM), Índice de Vulnerabilidade Multidimensional não Monetário (IVM-NM) e Índice de Pobreza Multidimensional não Monetário com Componente Relativo (IPM-CR).

O terceiro índice (IPM-CR) não busca diferenciar pobres e vulneráveis e sim verificar as perdas em termos de qualidade de vida do todo, onde cada pessoa tem algum grau ou componente relativo de perdas.

IPM-NM – Amazonas

O Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM) do Amazonas, de acordo com a POF 2017-2018 foi de 4,9, sendo o quinto mais alto do país. As maiores contribuições para este resultado no Estado foram: Acesso a Serviços Financeiros e Padrão de Vida de 18,9%. Esta dimensão identifica que o indivíduo não possui alguns bens, tem contas atrasadas e dificuldade para passar o mês; e o Acesso aos Serviços de Utilidade Pública (17,4%).Isto representa a ausência ou deficiência de algum item do saneamento básico ou serviço; e Educação (16,4%), representando criança, adolescente ou jovem fora da escola ou educação ruim. Neste índice se revela a Proporção de pessoas com algum grau de pobreza, que alcançou 40,7%; colocando o Estado na sexta maior posição nacional.

O IPM-NM do Brasil teve importante queda no intervalo entre as pesquisas. O IPM-NM em 2008-2009 foi 6,7 e reduziu para 2,3, em 2017-2018, uma variação ,no período, de 65%, revelando de fato uma queda mais intensa da pobreza, se comparada à redução indicada pela proporção da população com algum grau de pobreza. Apesar da redução ,no período, a severidade da pobreza permaneceu maior na área rural, indicado continuidade na desigualdade em relação à área urbana.

A Região Sul apresentou a maior redução no valor do IPM-NM entre todas as Grandes Regiões. O Sul já apresentava o menor valor para o mesmo índice em 2008-2009, permanecendo assim em 2017-2018. Houve a redução do IPM-NM em todas as Grandes Regiões. As Regiões Norte e Nordeste permanecem com os maiores valores do IPM-NM. Em 2017-2018, mais da metade do valor do índice foi dado pelas perdas de qualidade de vida da região Nordeste.

Amazonas – IVM-NM

No Amazonas, foram avaliadas as contribuições (na margem) de cada dimensão. Para o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) também foram usadas as dimensões Moradia; Acesso aos serviços de utilidade pública; Saúde e alimentação; Educação; Acesso aos Serviços Financeiros e Padrão de Vida; Transporte e lazer.

Todas as seis dimensões apresentaram-se como importantes para o resultado do índice. Com os dados da POF 2017-2018, é possível constatar que os valores do efeito marginal para cada dimensão foram ainda mais próximos. Considerando o índice de pobreza de 2017-2018, as dimensões Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida (19,8%), Acesso aos serviços de utilidade pública (17,5%) e Moradia (16,5%) foram as que apresentaram os maiores percentuais quando consideramos a contribuição para a soma dos efeitos marginais, no Estado.

No período 2008-2009 o Amazonas ocupava a 11a posição entre os mais altos IVM-NM, com 21,3. E, na proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade chegou a 92,3%.Na POF 2017-2018, o Estado teve uma piora, subindo para o sexto maior IVM-NM do país, com 12,8. A proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade era de 83,6%. 

(*) Com informações da assessoria

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