No AM, Itacoatiara deixa de arrecadar R$ 179 mil com descontos salariais de professores que estão em greve

Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia

ITACOATIARA (AM) – O município de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), no interior do Amazonas, deixou de arrecadar cerca de R$ 179 mil com os descontos salariais dos professores da rede estadual de ensino, que aderiram à greve iniciada no último 17 de maio. Os dados são do 2° percentual levantado pelo Comando de Greve da categoria no município.

Somente na Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça, uma das unidades escolares mais conceituadas do Amazonas, os descontos salariais chegam, aproximadamente, a R$ 26,9 mil na folha de pagamento dos profissionais do magistério. O número fez dos educadores da unidade como os mais impactados na cidade.

Na Escola Estadual Senador João Bosco, os descontos salariais chegaram a R$ 24 mil. Na Escola Estadual Elis Ribeiro, o percentual ficou em R$ 20 mil. As demais unidades escolares, os descontos variam de R$ 4 mil a R$ 17 mil.

“Foram R$ 179.824,90 que deixaram de circular em Itacoatiara, para vocês perceberem qual o nível de calamidade que estamos no município. Com isso, a gente deixa de fazer compras, pagar contas, circular o comércio e você já precisa ‘sortear’ qual conta vai pagar. Ressalto: isso nunca aconteceu na história de lutas do movimento no Estado do Amazonas”, lamentou a professora Silvia Letícia, do comando de greve.

Ao todo, o município contabiliza 12 escolas estaduais com profissionais que aderiram ao movimento grevista. A categoria, em todo o Estado, busca 25% de reajuste salarial, entre outros direitos. Por participarem da greve, os professores tiveram descontos na folha de pagamento, em valores que chegam até R$ 2,8 mil.

Paralisação

A greve foi iniciada em 17 de maio deste ano. No dia seguinte ao movimento, os professores tiveram uma reunião com representantes do governo, que sinalizaram 8% de reajuste salarial. A categoria, no entanto, rejeitou a proposta em todas as 51 cidades que aderiram à paralisação.

A decisão do Sinteam foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira, 22, na capital Manaus e nos demais municípios em greve. Com a paralisação, os professores tiveram descontos em folhas de pagamento por participarem do movimento e registraram o caso no Sinteam.

Nessa terça-feira, 30, os profissionais da Educação rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial de 14% do Governo do Amazonas e reafirmaram, ainda, que só encerram a greve quando o Estado oferecer o aumento de 25% para a categoria. A negativa foi anunciada após uma assembleia realizada pelos profissionais em todas as cidades que aderiram ao movimento.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam), em uma reunião com representantes do governo e da Comissão da Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o Estado propôs um aumento salarial de 14%, mas que o reajuste fosse pago em partes, sendo 8% de forma imediata e 6% em julho de 2024.

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