Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – Os professores da rede estadual do Amazonas que aderiram à greve, iniciada no último 17 de maio, estão realizando uma “vaquinha solidária” após terem os salários descontados por participarem do movimento. A categoria está com as atividades paralisadas em busca de reajuste salarial de 25%, entre outros direitos.
Em Itacoatiara, a vaquinha criada pelos profissionais em Educação foi motivada, segundo os professores, somente para suprir com as necessidades básicas dos professores, que alegam prejuízos. “Não queremos nada além do que nos foi retirado. Só estamos em busca da reposição desses descontos e esperamos conseguir com a vaquinha solidária”, pontuou a professora Silvia Letícia, do comando de greve da cidade.
Segundo a educadora, a população interessada em ajudar, pode colaborar enviando qualquer valor ao pix de Hemely Leal Pinto, na chave: (92) 98491-7749. A categoria está realizando um levantamento para saber quanto foi descontado dos professores em Itacoatiara para que, caso a vaquinha ultrapasse a quantia, o repasse excedido seja usado para compra de cestas básicas para doação.
Greve
A greve foi iniciada em 17 de maio deste ano. No dia seguinte ao movimento, os professores tiveram uma reunião com representantes do governo, que sinalizaram 8% de reajuste salarial. A categoria, no entanto, rejeitou a proposta em todas as 51 cidades que aderiram à paralisação.
A decisão do Sinteam foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira, 22, na capital Manaus e nos demais municípios em greve. Com a paralisação, os professores tiveram descontos em folhas de pagamento por participarem do movimento e registraram o caso no Sinteam.
Nessa terça-feira, 30, os profissionais da Educação rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial de 14% do Governo do Amazonas e reafirmaram, ainda, que só encerram a greve quando o Estado oferecer o aumento de 25% para a categoria. A negativa foi anunciada após uma assembleia realizada pelos profissionais em todas as cidades que aderiram ao movimento.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam), em uma reunião com representantes do governo e da Comissão da Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o Estado propôs um aumento salarial de 14%, mas que o reajuste fosse pago em partes, sendo 8% de forma imediata e 6% em julho de 2024.