Ministério Público cumpre a segunda fase da operação batizada de “Compadrio” (Adneison Severiano/G1)
Bruno Pacheco – Portal O Login da Notícia*
O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/CAO-CRIMO), deflagrou nesta terça-feira, 12, a segunda fase da operação batizada de “Compadrio”, em Manacapuru (a 66 quilômetros de Manaus).
A ação investiga um poderoso esquema criminoso responsável pelo desvio de recursos públicos oriundos do salário-educação, segundo o MPAM. As diligências também estão sendo deflagradas pela 3ª. Promotoria de Justiça de Manacapuru.
Entre os alvos da operação, estão o secretário municipal da Educação, Raimundo Conde, e o subcretário Afonso Luciano.
Lavagem
Segundo o MPAM, o foco da ação é investigar o desvio de verbas públicas destinadas aos Conselhos de Escolas e às Associações de Pais e Mestres das escolas municipais, em um contexto de corrupção e lavagem de dinheiro.
“A investigação apontou uma rede de corrupção na Secretaria de Educação e Cultura de Manacapuru, caracterizada por desvios de fundos do salário-educação para contas de servidores, familiares e terceiros. O esquema era comandado por altos funcionários da Secretaria, configurando uma grave malversação de recursos educacionais”, diz o MPAM.
De acordo com o Coordenador do GAECO, o Promotor de Justiça Igor Starling, está programada a execução de três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, com suporte da Polícia Civil do Amazonas e informações técnicas fornecidas pela Controladoria Regional da União no estado.
Entre as medidas adicionais, destaca-se o bloqueio de bens dos investigados, que soma mais de quatro milhões de reais, e o afastamento de três servidores de suas funções na Secretaria de Educação e Cultura.
Compadrio
O nome da Operação, batizada de “Compadrio”, é uma alusão à prática de condutas que privilegiam amigos e/ou parentes que são favorecidos de maneira ilegal.
(*) Com informações do MPAM