Aos 11 anos, o jovem foi aprovado para o curso de Licenciatura em Matemática na UEA no vestibular 2023 (Euzivaldo Queiroz/Seduc-AM)
Bruno Pacheco – Portal O Login da Notícia
MANAUS – O ‘pequeno gênio’ do Amazonas, o estudante Luan Gabriel Gama, de apenas 11 anos, disse nessa terça-feira (5) que está “absolutamente indignado”, após posicionamento da Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM) contrário à matrícula dele na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O jovem foi aprovado para o curso de Licenciatura em Matemática na instituição no vestibular 2023 e busca na justiça o ingresso na faculdade.
“O procurador foi contra o meu ingresso na faculdade e eu estou absolutamente indignado com isso. Não admito isso, as pessoas ficam me limitando porque eu sou uma criança. Me limitando a conteúdos de ensino médio, só porque eu sou criança”, relatou Luan, em vídeo publicado nas redes sociais.Ainda na publicação, Luan também informou, inclusive, que está fazendo uma prova para estudar nos Estados Unidos. “Já estou fazendo uma prova para eu ir embora para os Estados Unidos, para eu zarpar daqui. O que vou sentir falta mesmo é da farinha, do tambaqui e do açaí”, declarou o estudante.
Entenda
Na segunda-feira, 4, a PGE-AM, órgão que representa o Governo do Amazonas, se manifestou contra o avanço de série do estudante. O amazonense, que ficou conhecido pela participação no quadro “Pequenos Gênios”, do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, tem apenas 11 anos de idade e ainda está no 6º ano do ensino fundamental.O procurador do Estado, Marcelo Augusto da Cunha, defendeu que a formação de Luan seja pelas etapas previstas na legislação brasileira: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Segundo ele, a Constituição Federal prevê que a educação “objetiva o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.O menino, que foi aprovado no curso de Licenciatura em Matemática da UEA no vestibular de 2023, ainda não conseguiu ser matriculado por conta da não conclusão do ensino fundamental e médico, necessários para ingresso na faculdade. A família do garoto já recorreu à Justiça para o menino fosse submetido ao exame de avanço de curso. O objetivo é obter certificados de conclusão das duas etapas.
