Cativos: PF emite nota sobre operação contra instituto em Itacoatiara (AM)

Operação Cativos cumpre três mandados de busca e apreensão em instituto no interior do Amazonas (Divulgação)

Da Redação – Portal O Login da Notícia

ITACOATIARA (AM) – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 27/2, uma operação contra o Instituto Cativos, em Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus). Em nota, a PF disse que a ação busca reprimir crimes de redução a condição análoga a de escravizado na entidade.

Segundo a PF, a operação mobiliza 25 Policiais Federais, que cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, em locais estratégicos identificados durante as investigações.

Veja a nota completa:

“A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 27/2, a Operação Cativos para reprimir crimes de redução a condição análoga a de escravizado em instituto localizado na cidade de Itacoatiara/AM.

A operação mobiliza 25 Policiais Federais, que cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, em locais estratégicos identificados durante as investigações.

Segundo apurado, os responsáveis pelo instituto destinado à recuperação de dependentes químicos submeteriam os internos a condições degradantes de higiene, sem alimentação adequada, submetendo-os a trabalhos forçados, além de realizarem a exploração da imagem deles em “lives” realizadas por meio das redes sociais com o objetivo de obter engajamento e recursos financeiros de doadores.

A Operação Cativos conta com a participação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania – SEJUSC-AM.”

Denúncia

Segundo a Sejusc, a operação ocorreu em decorrência de uma denúncia via Ministério Público, sobre as atividades do instituto terapêutico de reabilitação para dependentes químicos no município. Técnicos que atuam na Gerência de Política sobre Álcool e outras Drogas (GPAD) da Sejusc atuaram em conjunto com os policiais federais.

Registro do local (Reprodução / Polícia Federal)

De acordo com a secretária executiva de Direitos Humanos, Gabriella Campezatto, a denúncia indicava que os internos eram submetidos ao trabalho análogo a escravidão, executando trabalhos forçados, além de não possuir equipes técnicas para o tratamento no local. Durante a operação, a Sejusc atuou para averiguar a violação de direitos, com a aplicação de formulários, entrevista com pessoas encontradas no local e encaminhamentos para a rede de proteção.

“No local foi verificado as condições que eles moravam, a forma de habitação. Ao todo, foi verificada a presença de 15 homens e seis mulheres, por meio da aplicação de um formulário institucional e com os adictos, além de acionada a rede de proteção do município para maiores intervenções”, comentou a secretária Gabriella.

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