Prefeito de Borba é preso durante operação da Polícia Federal no Amazonas

Gestor é suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos (Reprodução)

Da Redação – Portal O Login da Notícia

MANAUS – O prefeito Simão Peixoto (MDB), do município de Borba (a 151 quilômetros de Manaus), foi preso preventivamente nesta terça-feira, 9, durante a operação “Voz do Poder”, da Polícia Federal (PF) no Amazonas. Em nota, a PF disse que o gestor é suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos destinados à compra de merenda escolar no ano de 2020, durante a pandemia de COVID-19.

A operação teve como objetivo o cumprimento do mandado de prisão contra prefeito. “O mandado judicial, que inclui também o afastamento do prefeito de suas funções públicas por um período de 180 dias e a execução de outras diligências necessárias para a coleta de provas, foi cumprido nas cidades de Borba e Manaus”, disse a PF.

Ainda segundo a PF, as investigações revelaram indícios de que os kits de merenda escolar fornecidos não continham ou possuíam uma quantidade muito reduzida de carne de boi, e que divergia significativamente do volume contratado. “Além disso, constatou-se a ausência de charque nos kits, indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental.”

“A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação”, declarou a PF.

Assistência

A Polícia Federal destacou, também, que durante o encontro, o “prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.”

“Embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso.”, concluiu a PF.

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