Da Redação – Portal O Login da Notícia
MANAUS – Com chegada do verão amazônico e o início do período de seca em rios da região, o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) alerta para as empresas associadas sobre os riscos o transporte de cargas durante a estiagem pelos próximos quatro meses.
Segundo o presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior, os principais riscos para o transporte fluvial no Amazonas são o aumento dos ataques de piratas, a ação de garimpeiros ilegais (nos canais de navegação) e as pedras, bancos de areia e troncos, principalmente na bacia do Rio Madeira e do Solimões.
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“Nestes meses, o tempo de viagem quase dobra porque alguns trechos, como Humaitá (AM) a Porto Velho (RO), a navegação é suspensa de noite, fica mais lenta durante o dia, e as embarcações se tornam um alvo fácil para ação dos criminosos”, explicou Galdino.
Segundo o gestor, As empresas irão reforçar as escoltas de segurança privadas que acompanham os comboios. “Com as escoltas, os roubos das quadrilhas caíram em 2023 e neste semestre ainda não registramos nenhuma ocorrência, mas todos os dias há tentativas e trocas de tiros, que são evitadas pelos seguranças privados que contratamos para garantir a continuidade do abastecimento de combustível e outros produtos de primeira necessidade aos municípios do interior”, alertou.
Previsão
De acordo com dados divulgados no início de julho deste ano pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, a previsão para 2023 é que os estados do Norte do País terão chuvas abaixo do normal mesmo para a temporada, e que a estação seca será prolongada e rigorosa até novembro por conta do fenômeno El Niño.
Reforçadas
De acordo com Galdino Alencar, as ‘ameaças naturais’ à navegação durante a estiagem – como pedras, bancos de areia e troncos de árvores – não representam um risco grave para as balsas (petroleiras), uma vez que estas possuem casco duplo de ferro, uma série de equipamentos de navegação e tripulantes experientes e conhecedores do regime das águas.
“Hoje o Amazonas tem a frota de balsas de (petroleiras) mais modernas do Brasil, na qual o risco de vazamento ou acidentes desta natureza é quase nulo, porém ainda há muitos barcos de passageiros feitos de madeira que precisam ser modernizados com urgência”, alertou o dirigente, ao citar os ‘pedrais’ do Marmelo e do Uruá, ambos no Rio Madeira, como as áreas mais perigosas para a navegação regional nos meses de estiagem.
(*) Com informações da assessoria