Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – A Secretaria de Saúde de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus) confirmou, nesta quarta-feira, 26, que o município já registrou em 2023 o total 15 casos de rabdomiólise associada à Doença de Haff, conhecida popularmente como Doença da Urina Preta. A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP), contudo, descartou a restrição no consumo de peixes na região.
Somente em julho deste ano, dos 14 casos notificados da doença da urina preta, 8 foram confirmados. Nos outros meses, os dados foram estes: janeiro (4 casos confirmados, 4 suspeitas), fevereiro (1 confirmado, 2 suspeitas), março (0), abril (2 confirmados, 4 suspeitas), maio (0), junho (0 confirmações, 1 suspeita) e julho (8 confirmações, 14 suspeitas).
Os números representam 60% dos casos compatíveis em todo o município. Segundo a secretaria de saúde, 16% dos casos suspeitos foram descartados e 24% estão em investigação. Para Daniel Barros, diretor técnico da FVS-RCP, apesar disso, ainda é preciso estudar a origem das infecções para saber mais sobre os possíveis peixes causadores.
“Mas, não dá ainda para incriminar nenhuma espécie de peixe como sendo o responsável por essas intoxicações. Precisamos levantar mais dados e reforçar a vigilância para que possamos aumentar o conhecimento e, depois, fazer uma intervenção para que a gente reduza esse número de casos”, informou Daniel Barros, diretor técnico da FVS-RCP.
A doença de Haff é um tipo de rabdomiólise em humanos e que tem início após o consumo de certos peixes e crustáceos cozidos, sugerindo que toxinas estáveis ao calor, ainda desconhecidas, são a causa da doença.
Sintomas como dor muscular difusa, rigidez muscular, dormência, perda da força em todo corpo, urina de coloração escura e falta de ar após a ingestão de pescado podem indicar um caso da síndrome. Os pacientes com a síndrome de Haff, em geral, não apresentam febre nem aumento do fígado e baço.