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MANAUS – Gerar um filho é uma das maiores experiências que uma mulher pode experimentar. Além do amor incondicional, a grávida também enfrenta medos e grandes desafios. E esses sentimentos podem desencadear a depressão após o parto. A condição atinge, em média, 25% das mulheres em trabalho de parto no Brasil, de acordo com estudos realizados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Segundo o ginecologista e obstetra Leonardo Gobira, as barreiras aos cuidados incluem a falta de conhecimento sobre sintomas e incapacidade de acesso a recursos para o tratamento.
“A depressão, por si só, pode ter diversos motivos, mas a gravidez é um momento em que as mulheres têm uma mudança física, emocional e psíquica. O puerpério, que é o pós-parto, é um momento de descoberta, de novos sentimentos, de dificuldades e de ressignificação. A resposta psíquica a esse momento pode ser mais intensa, desequilibrada e pode desencadear a tristeza. Se a pessoa já tem um histórico de depressão pode ser um fator desencadeante no pós-parto”.
Vale reforçar que o quadro clínico ainda é assombrado por estigmas e julgamentos. Por isso, muitas mães não assumem sofrer de depressão para a família e amigos. Mas a condição não deveria ser vergonha para ninguém por ser comum e tratável.
Os sintomas são: tristeza, ansiedade, choro e sensação de sobrecarga. Além do medo, as mamães deixam de cuidar dos seus bebês e, em casos mais graves, apresentam delírios e surtos psicóticos. A depressão pós-parto também pode ser tardia e acontece alguns meses depois do nascimento do bebê. A condição pode vir acompanhada de estresse com o neném, ataque de pânico, falta de empatia com o filho, isolamento social e sentimento de culpa.
Conforme o especialista, a prevenção é a chave para evitar que a grávida tenha a depressão após dar à luz, já que o sentimento pode prejudicar a relação entre mãe e filho.
“As práticas de atividades de benfeitorias para as mamães, prezando pela melhor qualidade de vida. Durante o pré-natal, a realização dos exames, a atividade física e uma alimentação mais saudável com acompanhamento dos profissionais fazem toda a diferença”.
Leonardo Gobira ainda destaca que as mamães podem fazer outras atividades prazerosas, hobbies e ter a companhia de pessoas queridas. “Amigos, familiares e a presença do pai do bebê dando apoio nesse momento são muito importantes durante esse período. O vínculo afetivo favorece o bem estar mental da grávida, uma vez que ela sabe que pode contar com a família e que não estará sozinha após o nascimento do bebê”.
(*) Com informações da assessoria