No AM, professores suspendem paralisação e entram em ‘Estado de Greve’; entenda

Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia

ITACOATIARA (AM) – Os professores da rede pública do Amazonas suspenderam, nesta sexta-feira, 2, a paralisação da categoria ao aceitarem o reajuste salarial de 15,19% proposto pelo governo do Estado. Os profissionais da Educação afirmaram, contudo, que entraram em “Estado de Greve”, ou seja, que podem voltar a realizar o movimento a qualquer momento, caso as medidas acordadas não sejam cumpridas.

Segundo o comando de greve de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), os educadores retornam às escolas na segunda-feira, 5. “Que fique claro: momentaneamente, nós suspendemos o movimento de greve externo, fora do espaço escolar. Agora nós entramos no que chamam de ‘Estado de Greve'”, comunicou a professora Silvia Letícia.

“Isso significa que nós vamos acompanhar se o governo vai votar a proposta que nós colocamos na mesa de negociação, de 15,19%, ou se ele vai fazer o que ele disse no pronunciamento de ontem, de apenas 8%. Muita gente está confusa, achando que ele está dando os 8% e restante, mas não é isso. A gente continua analisando a que estava na mesa [15,19%]”, explicou a educadora.

A greve da categoria foi iniciada em 17 de maio deste ano, após afirmar ter buscado acordo com o governo do Amazonas em diversas situações. Como primeira proposta para encerrar o movimento, representantes do governo sinalizaram 8% de reajuste salarial. Os professores, no entanto, rejeitaram.

A decisão do Sinteam foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira, 22, na capital Manaus e nos demais municípios em greve. Com a paralisação, os professores tiveram descontos em folhas de pagamento por participarem do movimento e registraram o caso no Sinteam.

Na terça-feira, 30 de maio, os profissionais da Educação rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial de 14% (que seria pago escalonado) do Governo do Amazonas e reafirmaram, ainda, que só encerrariam a greve quando o Estado oferecer o aumento de 25% para a categoria. A negativa foi anunciada após uma assembleia realizada pelos profissionais em todas as cidades que aderiram ao movimento.

Na terceira rodada de negociações, na tarde da última quarta-feira, 31, a nova proposta de 15,19% de reajuste salarial para os professores foi apresentada pelo governo. O percentual é oferecido para ser pago de forma escalonada, sendo 8% de imediato, 3% em outubro e 4,19% em maio de 2024.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), o governo também ofereceu a devolução dos descontos das faltas em 10 dias, condicionado ao encerramento do processo. Os professores, contudo, ainda devem realizar uma Assembleia Geral em todas as cidades que cujos profissionais aderiram ao movimento para, então, decidirem se aceitam a medida e encerram a greve.

Outros pontos propostos pelo Governo do Amazonas foram a garantia de:

  • Enquadramento vertical (por titularidade) de imediato;
  • Horizontal condicionado a estudo de impacto de folha para 2024;
  • Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR): construção imediata de comissão para revisão com garantia da participação dos representantes dos trabalhadores;
  • Calendário de reposição com participação dos trabalhadores.

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