Da Redação – Portal O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – O Governo do Amazonas se posicionou, nessa terça-feira, 23, sobre a decisão dos professores da rede estadual de ensino em recusar os 8% de reajuste salarial e encerrar a greve, que iniciou no último 17 de maio. Em nota, o Estado diz que a ação tem prejudicado milhares de estudantes e que só voltará a conversar com a categoria quando os educadores retornarem às salas de aula.
“Sobre a negativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), em encerrar a greve iniciada no dia 16/05, ação considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, com multa diária no valor de R$ 30 mil, e que tem prejudicado milhares de estudantes, o Estado informa que só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula”, diz trecho do comunicado.
Na nota, o Estado lembra ainda que, no último dia 18 de maio, em reunião entre o Governo do Amazonas, sindicato da categoria e membros da Assembleia Legislativa, sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base, retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, entre outros benefícios à categoria.
Além disso, o governo cita o “estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço e negociação referente ao fim da Ação Pública, junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas, que proibiu o movimento grevista, com a contrapartida de que as aulas fossem retomadas imediatamente”.
“O Governo do Estado reforça que enquanto a paralisação ilegal continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a Justiça amazonense”, finaliza o governo, na nota.
Confira na íntegra:
Sinteam
Por outro lado, o Sindicato dos Professores Profissionais do Estado do Amazonas (Sinteam), que representa a categoria, emitiu uma nota defendendo o movimento grevista e lembrando que o reajuste salarial é previsto em lei.
“O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) vem a público esclarecer que ILEGAL é descumprir a data-base e as progressões por titularidade e por tempo de serviço de servidores que se dedicam ao máximo para ensinar filhos e filhas dos amazonenses que pagam seus impostos em dia. ILEGAL é não negociar com o sindicato legítimo de uma categoria, mesmo após inúmeras tentativas de diálogo. Diga-se de passagem que tanto o reajuste salarial quanto as progressões são previstos em Lei, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, desde 2013”, diz trecho da nota.
Veja a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO
Suspensão
A greve foi iniciada na última quarta-feira, 17. No dia seguinte ao movimento, os professores tiveram uma reunião com representantes do governo, que sinalizaram 8% de reajuste salarial. A categoria, no entanto, busca 25%. Por conta disso, o Sinteam rejeitou a proposta em todas as 51 cidades que aderiram à paralisação.
A decisão do Sinteam foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira, 22, na capital Manaus e nos demais municípios em greve. Além do reajuste salarial, a categoria reivindica pagamento das data-bases de 2022 e 2023, cumprimento das progressões horizontais e verticais, reajuste do vale-alimentação e auxílio-localidade, entre outros direitos.
O Sinteam também recorreu da decisão judicial que proíbe a greve, mas ainda aguarda manifestação da Justiça. Segundo o sindicato, o movimento grevista atinge 70% da categoria em todo o Estado.