Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – O prefeito Simão Peixoto (PP), do município de Borba (a 327 quilômetros de Manaus), foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), deflagrada na manhã desta terça-feira, 23, contra o desvio de recursos públicos na ordem de R$ 29 milhões.
A ação, denominada Operação Garrote, cumpriu 11 mandados de prisão preventiva contra Peixoto, a primeira-dama, Aldine Mirella, empresários e agentes públicos suspeitos de crimes contra a administração pública. Os agentes cumpriram, ainda, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.
Em nota, o MPAM destacou que a ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos no município de Borba e que o órgão ministerial busca o ressarcimento aos cofres públicos.
“A operação atinge autoridades municipais, familiares, empresários e agentes públicos envolvidos em crimes contra a administração pública, fraudes em crimes licitatórios e lavagem de dinheiro. O MPAM busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos agentes públicos investigados de suas funções”, declarou o MPAM, em nota.
Desvio
De acordo com as investigações, há indícios da criação de uma organização criminosa chefiada pelo prefeito de Borba. Segundo o MPAM, Simão Peixoto cometia fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva na prefeitura. Até o momento, foram identificados o desvio de R$ 29.294.645,25 milhões em pagamentos suspeitos
“O grupo criminoso – que além do prefeito, envolve, ao que tudo indica, parentes próximos ao Chefe do Executivo Municipal, agentes públicos e pessoas jurídicas – teria cometido uma série de fraudes nos procedimentos licitatórios do município de Borba/AM e, por consequência, desviado milhões de reais aos cofres públicos”, diz trecho da decisão.
Prisão
Simão Peixoto, que ficou conhecido nacionalmente após lutar em um evento de MMA contra um desafeto político e ex-vereador de Borba, foi preso preventivamente em março deste ano, pelo Gaeco, em Manaus, pelos crimes de ameaça, desacato, difamação cometidos contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos. Menos de uma semana depois, Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liberdade provisória ao prefeito.
Trecho da decisão (Reprodução
