Professores da rede estadual lotam Câmara de Itacoatiara (AM) em busca de apoio de vereadores

Bruno Pacheco – Da Redação O Login da Notícia

ITACOATIARA (AM) – Os professores da rede estadual do Amazonas, em Itacoatiara, lotaram a Câmara Municipal da cidade nesta segunda-feira, 22, em busca de apoio dos vereadores. A categoria, que está em greve desde a semana passada, fez a mobilização após recusar a contraproposta do Governo do Amazonas de 8% de reajuste salarial.

Os educadores também realizaram uma carreata na tarde desta segunda-feira, 22, pelas ruas do município. Durante a sessão na Câmara de Itacoatiara, presidida pela vereadora Cheila Moreira (PT), os representantes do movimento afirmaram que a greve só irá encerrar após o percentual de 25% em reajuste salarial seja atendido.

“Só voltaremos com o nosso percentual. Nós queremos que ele seja acatado, ou um percentual que represente, de forma respeitosa, os profissionais da educação. Nós, enquanto categoria, viemos no intuito de somar forças para que possa chegar ao governo do Estado”, destacou a professora Silvia, Letícia, uma das representantes do movimento em Itacoatiara.

Os vereadores presentes na sessão se comprometeram em ajudar os profissionais do magistério na reivindicação de direitos exigidos pela categoria. “A Casa legislativa manifesta total apoio aos professores”, frisou a vereadora Cheila Moreira.

O vereador Wemerson Jacquiminouth (PTB), conhecido como Wemerson barriga, afirmou que a greve deve continuar até o governador do Amazonas aceitar o pedido dos professores. O vereador Dib Barbosa (Republicanos), que lembrou das reivindicações de professores da rede municipal de Itacoatiara, afirmou a categoria pode contar com o apoio dele.

O parlamentar salientou que buscou ajuda de apoio do deputado estadual João Luiz (Republicanos) e de outras autoridades. A vereadora e professora Maria Francelízia (PT) também se manifestou a favor dos direitos dos profissionais da educação.

“Vamos lutar, em busca desse direito, desse benefício, porque isso é lei. Não é para estar se questionando, mas executando. Contem com meu apoio, com esta Casa. O pouco que podemos contribuir, vamos contribuir”, assinalou.

O vereador Richardson do Mutirão (PL) lembrou a luta dos professores. “Todos os anos, a classe dos professores tem que chegar ao extremo, que é fazer uma paralisação”, lamentou. O parlamentar cobrou ainda medidas concretas da Câmara Municipal de Itacoatiara (CMI) em defesa dos educadores.

“Tenho certeza que, nós, 17 vereadores, jamais negaríamos em apoiar e ajudar no que for necessário”, pontuou Richardson do Mutirão. “O que é de direito da classe tem que ser pago. […] Estou do lado dos professores e que fique registrado isso aqui nessa Casa o meu posicionamento, porque nós vamos cobrar os benefícios para a classe”, reforçou.

O vereador Arnoud Lucas (PV) também afirmou que apoia, de forma irrestrita, a greve dos professores. “Tenho a certeza que investir na Educação, não é gastar dinheiro, é investir dinheiro público da melhor forma possível”, começou o parlamentar, em discurso na tribuna da Câmara.

Recusa

A decisão de rejeitar a suspensão da greve e a contraproposta do Governo do Amazonas foi anunciada nesta segunda-feira, 22, após os professores realizarem assembleias em todas as 51 cidades do Estado que aderiram ao movimento.

Em Itacoatiara, no interior do Amazonas, a assembleia aconteceu no Clube Recreativo dos Professores de Itacoatiara (Crepi), na avenida Mário Andreaza, bairro São Cristóvão, onde os profissionais recusaram a contraposta, de maneira unânime.

Em Manaus, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), a a assembleia reuniu, aproximadamente, cerca de 5 mil pessoas no Clube Municipal, no bairro Flores, zona Norte da cidade. Na capital, pelo menos 70% das escolas estaduais estão sem aulas.

Além dos 25% de reajuste salarial, os professores reivindicam pagamento das data-bases de 2022 e 2023, cumprimento das progressões horizontais e verticais, reajuste do vale-alimentação e auxílio-localidade, entre outros direitos da categoria.

A greve foi instalada no dia 17 de maio após inúmeras tentativas de diálogo com o Governo do Estado. Segundo a categoria, a data-base da categoria é todo dia 1° de março e é prevista em lei.

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