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MANAUS – A taxa de desocupação no Amazonas subiu de 10% para 10,5% no primeiro trimestre de 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Os números, apesar de representarem estabilidade, mostram que o Estado está acima da média nacional, de 8,8%.
O aumento é em relação ao registrado no trimestre anterior. Já na comparação com o 1º trimestre de 2021, houve queda de 2,5 pontos percentuais na taxa de desocupação. De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação subiu em 16 unidades da federação no primeiro trimestre de 2023. Nos outros 11 Estados, o indicador ficou estável, em relação ao quarto trimestre de 2022.
Na capital, Manaus, a taxa de desocupação foi de 12,8% no primeiro trimestre de 2023, frente a 12,4% do trimestre anterior, variação de 0,4%. Na região metropolitana de Manaus, composta por 13 municípios, a taxa foi de 12,1% contra 11,6% do trimestre anterior. Em números absolutos, o Estado apresentou 200 mil pessoas desocupadas; sendo 154 mil, na região metropolitana; e 144 mil, considerando somente a capital.
No Brasil, no primeiro trimestre frente ao trimestre anterior, a desocupação cresceu em todas as grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a taxa aumentou 1,4 p.p. e chegou a 12,2%. Comparando o índice do Amazonas com os demais Estados e o Distrito Federal, o Amazonas ficou com a 11ª posição no ranking.
Entre os Estados e DF, a maior taxa de desocupação registrada foi a da Bahia (14,4%), seguida por Pernambuco (14,1%), e pelo Amapá (12,2%). A menor, foi a de Rondônia, com 3,2%. O índice de desocupação de Manaus, frente ao das demais capitais brasileiras, foi o 3º maior do país, abaixo apenas de Salvador (16,7%) e Recife (15%). A cidade brasileira com menor taxa de desocupação no 1º trimestre deste ano foi a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (3,4%).
De acordo com a analista da pesquisa Alessandra Brito, o aumento da desocupação e queda na ocupação, ocorridas de forma simultânea, resultaram no crescimento da taxa nas grandes regiões, assim como aconteceu no resultado nacional (cuja taxa subiu de 7,9% para 8,8%).
“Após um ano de 2022 de recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, em 2023, parece que o movimento sazonal de aumento da desocupação no começo do ano está voltando ao padrão da série histórica”, afirmou a pesquisadora.
Rendimentos
De acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 2.880, ficando estável na comparação com o trimestre anterior.
Entre as unidades da federação, apenas três apresentaram alta: Alagoas (5,3%), Maranhão (5%) e Minas Gerais (4,2%). O Rio Grande do Sul foi o único a ter queda (-2,8%).
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
(*) Com informações da assessoria e Agência Brasil