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MANAUS – Criar os filhos e trabalhar no campo é o desafio diário vivenciado por milhares de mães e produtoras rurais do Amazonas. Neste Dia das Mães, celebrado no domingo (14/05), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam) destaca a dedicação de mulheres que desempenham dupla jornada e parabeniza todas as mamães que são a força do setor primário amazonense.
Na comunidade Chisa, em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), a agricultora Gilda Severino, 39, mãe de dois filhos, desdobra-se para dar conta de todas as atividades diárias da família e do cultivo de hortaliças. Para ela, é gratificante conduzir os meninos em bons caminhos e contar com a companhia deles no dia a dia do sítio.
“Não é muito fácil tomar conta da produção e ensinar os meninos. Eles são sobrecarregados, então tenho que me dividir em duas. Mas, sempre dou um jeito. Eu ensino eles sempre a andar no caminho certo e, graças a Deus, não tenho o que reclamar dos meus filhos, são maravilhosos”, disse.
Na outra ponta, as servidoras do Idam se dividem na missão de cuidar dos filhos e desempenhar um papel fundamental na oferta de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) aos produtores rurais do estado, como enfatiza a diretora-financeira, Maria Andreola.
“É uma honra trabalhar no setor primário, eu sempre digo que estar trabalhando nessa área é para quem gosta, não existe meio termo, trabalhar com extensão rural é fantástico. E nós, mães, principalmente, porque precisamos dividir nosso tempo com a nossa casa e, por isso, eu parabenizo todas as nossas mamães do Idam”, enfatizou.
Educação dos filhos
Para muitas mamães, poder dizer que o filho está cursando uma faculdade é um dos motivos de maior orgulho na vida. É o caso da agricultora Maria Alzenira Silva Almeida, 61, moradora do Ramal do Brasileirinho, em Manaus, que passou anos se dividindo entre o trabalho no campo e os cuidados com a educação dos três filhos.
“Foi um percurso um pouco dificultoso, porém, muito prazeroso e muito vitorioso. Minha filha está formada em Direito. Nós trabalhamos no sítio, na agricultura, e levando ela e os irmãos para a cidade para estudar. É um desafio muito especial, acompanhar o desenvolvimento da agricultura e acompanhar o desenvolvimento dos filhos”, contou.
A mesma satisfação é vivida pela produtora rural da comunidade Catalão, em Iranduba, Raimunda Celice Queiroz de Lira, 42, que tem duas filhas. A primogênita cursa Contabilidade e pretende ingressar na área rural após concluir os estudos na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
“Minha filha nasceu e se criou na agricultura e, hoje, eu me orgulho de dizer que está na faculdade. Há sete anos, vivíamos na várzea, mas devido às terras caídas, viemos para essa área, onde hoje sou produtora rural. Dedico a todas as mães, um feliz dia das mães, e dizer que tudo conseguimos, basta termos força e coragem”, declarou.
(*) Com informações da assessoria