Login mostra conceito da identidade visual e história do Festival da Canção de Itacoatiara (Paulo Ricardo/O Login)
Bruno Pacheco – Portal O Login da Notícia
ITACOATIARA (AM) – Cultura, história e tradição, o Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani) completa 39 anos em 2024 e traz ainda um tema tão importante quanto o primeiro realizado há quase quatro décadas. Este ano, a preocupação com o meio ambiente e com as gerações futuras é novamente destaque na festa, que é realizada no Centro de Eventos Juracema Holanda.
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O criador da identidade visual do Fecani exposta na famosa clave de sol do Fecani, o artista plástico Edgard Alecrim, conta sobre a reconstrução do símbolo para 2024, que representa, com os tons de sol e ouro, o renascimento.
“A clave de sol é uma das mais belas notas musicais que existem e, quando criei essa marca, a Therezinha Peixoto [uma expoente da Cultura itacoatiarense] estava viva e, ela disse que a flor simboliza uma antena parabólica jogando a nossa cultura para o universo. E esse conceito é ecológico, em ter uma flor onde vem o beija-flor e poliniza”, destacou o artista.
Edgard Alecrim comenta também que agregou, na arte da clave de sol, o pôr-do-sol de Itacoatiara, que pode ser visto ao fundo da imagem.
Meio ambiente
Aos 74 anos, Edgard Alecrim é o autor de pinturas em quadros que estarão em exibição por todo o Centro de Eventos Juracema Holanda ao longo dos quatro dias de Fecani. Nas artes, o Edgard traz imagens da natureza e frases de renomados nomes da arte e cultura brasileira.
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Com larga experiência no Fecani, onde trabalha desde a segunda edição do evento, Edgard Alecrim reforça a importância de falar sobre o meio ambiente e da preservação da natureza, principalmente, por estar no meio da floresta Amazônica.
“Eu sempre luto pela sustentabilidade, busco escrever aquilo que o momento pede. E, neste momento de aquecimento global, é mais importante ainda. Precisamos agir, porque sugerimos muito, mas falta ação da humanidade, dos políticos, dos artistas e das associações”, frisou.
Tradição
Reconhecido como ‘Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Amazonas‘, o Fecani nasceu em 1985 e, segundo o pesquisador da cultura Eder Gama, o evento foi originado de artistas que se moldaram, ao longo dos anos, e transformaram a festividade em uma das maiores do Brasil. Este ano, o evento é realizado de 4 a 7 de setembro, com atrações locais, regionais e nacional.
“Falar de Fecani é falar de Itacoatiara. Só o palco do Fecani, que é uma tela à céu aberto, é uma atração. O Festival nasceu em 1985 e foi começado por artistas com Edgard Alecrim, que vem desenvolvendo sua técnica no fazer e é alguém que tem contribuído muito”, frisou Eder Gama.
“Não é de hoje que o Fecani vem construindo essa temática [voltada para o meio ambiente], mas sempre mostrou. Em Parintins, diz que é ‘Parintins para o mundo ver’, mas eu acredito que é ‘Fecani para o mundo ver’, porque ele já nasceu com essa essência de denúncia e valorização da Amazônia”, pontuou o pesquisador.
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