Cerca de 50% dos prefeitos devem disputar a reeleição no Amazonas (Reprodução)
Da Redação – Portal O Login da Notícia*
Dada a largada da pré-campanha eleitoral, com vistas às eleições municipais de 2024, com pesquisas de intenção de votos indicando os favoritos em cada localidade, os pré-candidato às prefeituras dos 62 municípios já trabalham alianças para a reeleição ou à sucessão. O levantamento é do BNC Amazonas.
No entanto, dois destaques, que constituem uma novidade nessa eleição: a estreia no interior do ex-deputado estadual Belarmino Lins (PSD), o Belão, que vai disputar, pela primeira vez, a prefeitura de sua terra natal, Fonte Boa.
Em Fonte Boa, que tem 15.758 eleitores, o prefeito Gilberto Lisboa (PL) não pode disputar a reeleição. Por isso, há quatro pretensos candidatos: o deputado Belão, o atual vice-prefeito Alailson Lisboa, o ex-prefeito Sue e dr Lázaro, que é genro do vice-prefeito pré-candidato.
Além disso, merece atenção do retorno do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro (Republicanos). Superado os entraves judiciais e eleitorais, o ex-prefeito de Coari vem atuando de forma discreta, sem alardes na pré-campanha, mas com toda a força política que ainda parecer ter.
Aptos e impedidos
De acordo com a Associação Amazonense de Municípios (AAM), estão no segundo mandato 33 prefeitos que não podem disputar as eleições em 2024 por vedação da lei eleitoral.
Por outro lado, 28 vão disputar a reeleição. Deveriam ser 29 chefes de Executivos municipais a tentar um segundo mandato, mas o prefeito de Coari, Keitton Pinheiro (PP), mesmo podendo disputar, deverá abdicar em favor do tio, o ex-prefeito Adail Pinheiro.
Levantamento feito pelo BNC Amazonas junto ao Tribunal Superior Eleitoral, (TSE), dentre os 13 maiores colégios eleitorais do Estado do Amazonas, seis prefeitos de primeiro mandato vão atrás da reeleição:
Manaus, com David Almeida (Avante), Itacoatiara, de Mário Abrahim (MDB), Tefé, com o prefeito Nicson Marreira (PTB), Iranduba, de Augusto Ferraz (União), Manicoré – Lucio Flávio (PSD) – e Humaitá, do prefeito – Dedei Lobo (PSC). Todos os prefeitos são favoritos na disputa.
Caso Coari
O caso da eleição de Coari é emblemático. Embora esteja no primeiro mandato, o prefeito Keitton Pinheiro não vai disputar a reeleição. Ele era vereador e foi candidato a vice-prefeito no segundo mandato do Adail Filho, hoje deputado federal. Ambos venceram a eleição em 2020.
No entanto, a chapa foi cassada porque ficou configurado terceiro mandato da família Pinheiro. Assumiu interinamente, em Coari (mandato tampão), a então presidente da Câmara, Dulce Menezes.
Por conta disso, com o cargo vago, a justiça eleitoral promoveu eleição suplementar e Keitton Pinheiro pôde se candidatar. Venceu a eleição para prefeito em dezembro de 2021. Portanto, poderia se candidatar à reeleição, agora, em 2024, mas preferiu abdicar do direito.
No lugar dele, volta ao cenário coariense o tio e cacique político da família e do município, desde 2004, portanto a 24 anos de poder, Adail Pinheiro.
Prefeitos em reeleição:
• Alvarães – Lucenildo de Souza (PSC)
• Amaturá – Zezinho Eufrásio (Pros)
• Anori – Régis Nazaré (Republicanos)
• Apuí – Marcos Lise (PSC)
• Atalaia do Norte – Denis Paiva (PSC)
• Canutama – Zé Roberto (PSC)
• Careiro da Várzea – Pedro Guedes (PSD)
• Codajás – Antônio Ferreira (PP)
• Envira – Ruan Mattos (PL)
• Itamarati – João Campelo (MDB)
• Japurá – professor Vanilso (PSD)
• Maraã – Pastor Edir Castelo Branco (Republicanos)
• Nhamundá – Marina Pandolfo (PSD)
• Pauini – Renato Afonso (PSD)
• Presidente Figueiredo – Patrícia Lopes (União Brasil)
• Santa Isabel do Rio Negro – José Ribamar “Beleza” (PP)
• Santo Antônio do Içá – Walder Ribeiro “Ceceu” (Republicanos)
• São Paulo de Olivença – Nazareno Martins “Gibe” (Republicanos)
• São Sebastião do Uatumã – Jander Barreto (Republicanos)
• Silves – Paulino Grana (PSDB)
• Tapauá – Gamaliel (PSC)
• Tonantins – Francisco Sales (Republicanos)
Busca do sucessor
Já em 33 municípios, os prefeitos estão no segundo mandato, portanto, impedidos de buscar a reeleição. Logo, vão tentar emplacar o sucessor na prefeitura, seja o vice-prefeito ou outro aliado.
No segundo maior colégio eleitoral do Estado, Manacapuru, com 75.992 eleitores, o capital político do prefeito Beto D’Ângelo (MDB), com 80% de avaliação positiva entre os manacapuruenses, poderá definir quem será o novo chefe do Executivo em 2024.
Pelos últimos levantamentos, a atual vice-prefeita de Manacapuru, Valciléia Maciel (MDB), sendo a indicada de D’Ângelo, está na frente da disputa. O adversário mais próximo é o ex-prefeito Ângelus Figueiras (DC).
Terra dos bumbás
Outro caso é o de Parintins, o quarto colégio eleitoral do Amazonas – 70.228 eleitores. Já no segundo mandato e sem poder ir para reeleição, o prefeito Frank Bi Garcia fica até o fim do mandato e tentará fazer o sucessor, o vereador Mateus Assayag (PL).
Na última pesquisa da empresa Perspectiva Mercado e Opinião, divulgada em 24 de novembro de 2023, Mateus Assayag desbancou a ex-primeira-dama Michele Valadares (ex-mulher do prefeito Bi Garcia) na intenção de voto a prefeito de Parintins. Bi Garcia tem sonho de ser vice-governador em 2026.
Nas eleições de outubro, o prefeito de Maués, Júnior Leite (PSC) também quer eleger o sucessor, o vice-prefeito Sergio Mazzini Filho (PSD). Nas últimas pesquisas, Mazzini está à frente da ex-vereadores Macelly Veras.
Onde o prefeito não disputa
• Anamã
• Autazes
• Barcelos
• Barreirinha
• Benjamin Constant
• Beruri
• Boa Vista do Ramos
• Boca do Acre
• Borba
• Caapiranga
• Carauari
• Careiro castanho
• Eirunepé
• Guajará
• Ipixuna
• Itapiranga
• Juruá
• Jutaí
• Lábrea
• Manaquiri
• Nova Olinda do Norte
• Novo Airão
• Novo Aripuanã
• Rio Preto da Eva
• São Gabriel da cachoeira
• Tabatinga
• Uarini
• Urucará
• Urucurituba
Fonte: Antônio Paulo, do BNC Amazonas
